sexta-feira, 24 de julho de 2009

Como anda seu Estresse


Como Anda seu Estresse?
Por Kátia Abreu

“Um galho seco se quebra e nosso ancestral comum, seu pai, meu pai, há 1500 gerações entra em estado de alerta. Pela primeira vez, o corpo humano é invadido pela adrenalina, célula de lipídio esguicha ácida graxa na corrente sangüínea para libertar rapidamente energia. A respiração de nosso antepassado ficou então mais curta e acelerada, e o coração bateu mais depressa, aumentando o fluxo de oxigênio para os músculos, melhorando a força e a velocidade. Os vasos sangüíneos se contraíram, minimizando eventuais sangramentos, e seu corpo liberou coagulantes e analgésicos naturais. Suas glândulas sudoríparas se abriram, deixando a pele escorregadia e mais difícil de ser apanhada por predadores. Cabelo e pêlos se arrepiam, fazendo-o parecer maior e ameaçador. Suas pupilas se dilatam, aumentando a habilidade de enxergar no terreno escuro da selva e tudo isso acontece em menos de um segundo e”zap”! Dispara nosso ancestral a uma distância segura do tigre para garantir que a sua linhagem e a minha cheguem à próxima geração.”
Os tempos mudaram e nosso cérebro continua reagindo igualmente a situações semelhantes, já que não podemos mais sair correndo quando o estresse ataca, a necessidade de lutar ou fugir nunca é satisfeita. A adrenalina constante pressiona o sangue pelos vasos delicados, aumentando o risco de derrames e doenças cardíacas. Para conseguir limpar a gordura, o corpo libera o hormônio cortisol, que armazena ácido graxo em forma de tecido adiposo ao redor do abdômen, fator este que também se associa aos diabetes tipo dois. Vasos sangüíneos contraídos causam enxaquecas. Sentimos todos estes sintomas naquelas horas solitárias em que estamos acordados, silenciosamente, porém muitas vezes não os identificamos e este é o maior perigo!
O estresse exige a ação e leva os homens a fazer coisas que não deveriam como, casos de embriagues ao volante, prisão por drogas e em casos mais graves, suicídios e homicídios. Quando a paciência começa a ir embora e surgem dores difíceis de explicar, é hora de buscar orientação profissional.

As principais alterações fisiológicas necessárias ao combate do stress são:

· Maior volume de ejeção (maior afluência de sangue para o cérebro e para os músculos);
· Maior captação e melhor distribuição do oxigênio (maior capacidade de oxigenação do cérebro e dos músculos esqueléticos)
· Maior capacidade glicolítica (aumento da capacidade de produzir energia e economia da glicose sanguínea);
· Aumento na oxidação de gorduras (poupança de glicogênio muscular e conseqüente economia da glicose sanguínea).

A atividade Física auxilia nesse equilíbrio, é um instrumento valioso no combate ao stress, minimizando a tensão, permite uma maior afluência de sangue nos músculos e baixa a concentração dos hormônios que produzem o stress, ao mesmo tempo em que libera a endorfina, responsável por provocar aquela sensação de bem estar, além disso, proporciona: Redução na gordura corporal total, redução no peso corporal total, redução nos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides, redução nas pressões arteriais durante o exercício e o repouso, maior aclimatação ao calor, aumento na força de ruptura dos ossos, dos ligamentos e dos tendões.



Referência

PERRINE, S. Qual seu nível de stresse. Men’s Health, Rio de Janeiro, jan. 2007. Saúde, p. 68.

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